África
Assoviando uns sons estranhos
Um café ardendo no peito
Já meio distraído de tudo
Qualquer guitarra me agrada
Qualquer som de garrafa
Conquanto me destrua a noite
Percorrendo um labirinto qual
Um leão manso e uma girafa
Fugidia – sem luz nem sombra
Da pedra esculpida se detenha
Ou mesmo faça-se a chuva
Remontando o percurso do som
Ouvia-se um girassol crespo
Outra dúvida pairava no cabelo
*Leandro Mendes_1972-_XIV Antologia Poética Hélio Pinto Ferreira_2002