Árvore
Parada, andas
nas sombras
que por ti, em ti,
desprecavido,
o Sol estende
Lenta, corres
nos ventos
que em ti marulham
e ao longe levam
flores e frutos
Calada, cantas
nas asas
que em ti se abrigam
e no que dizem
umas às outras
Morta, vives
das vidas
que fazes tuas
em naves, arcas, casas
– urnas pros mortos
*Bruno Palma_1927-_O mar e o búzio_2016