Uma paulista chamada avenida
(…) Sentado na minha máquina de andar, olhando o mundo se agitando lá fora, sinto pouca diferença entre o meu estado atual e o dos seres humanos sentados em suas máquinas possantes, patins, ônibus, motos, skates etc. O homem está-se tornando um paraplégico por si mesmo, perdendo o prazer de movimentar seu corpo e ver a calçada ficar para trás, de ver vitrines, boutiques e a deselegância da menina paulistana. (…)
*Marcelo Rubens Paiva_1959-_Feliz ano velho_1982