Tarde gelada, saudade dobrada
Lembrar é viver duas vezes
Relembrando é que se aprende
Na vida, metade é saudade
Toda árvore tem sombra, tudo mais tarde se lembra
A cada dia sua saudade
Só se vão os anéis quando os dedos os esquecem
Tempo passado, gosto ansiado
Noite curta, saudade longa
A saudade deixa o amargo doce
Se o pau é torto, a saudade o endireita
Vida cumprida, saudade comprida
Quem não esquece adoece
A vida é rápida; a saudade, demorada
Anoitece – e a saudade cresce
*Marco Catalão_1974-_No cravo e na ferradura_2021