A amiga imaginária
V.
Amiga, chega –
duas bolhas de cânhamo
descem ao avesso
das pálpebras
(laguna efervescente
onde teus dons patinam
entre corais maduros)
com um sonar mais
preciso, além –
memória suturada
em jardins hipodérmicos,
nomes pulsando sob
anagramas fósseis –
amor inumeravelmente
único, e basta.
*Leonardo Martinelli_1971-2008_Dedo no Ventilador_2005