As brincadeiras sérias
Por amor, sou aio e amo
de quem amo, e o persigo,
me abomino na lama,
enfrento qualquer perigo.
Se amo mesmo quem amo
sou meu próprio inimigo,
pois matei o que morreu
em mim ao me dar sem dó
à mó que moeu meu eu.
Só pode amar quem moeu
seu eu na amorosa mó,
e desse pó renasceu.
*Valdo Motta_1959-_Bundo: e outros poemas_1996